Seguidores

viernes, 22 de agosto de 2025

Sin máscara


Máscaras Sociales (16 Años del Blog) de nuestra amiga Roselia Espiritual Idade

          XVI Interacción Fraternal


Diecisiete años han transcurrido desde que abrí la compuerta de este scriptorium intangible al que llamé blog. No pensé entonces que haría un parón y que las palabras, depositadas con la modestia de un principiante, acabarían erigiendo una catedral de amigos lectores que dialogan sin fronteras de tiempo ni geografía.

Cada texto ha sido una incursión en lo ignoto, una semilla arrojada al humus digital, que a veces germina en asombro y otras en silencio reverente. He tejido mis relatos como quien urde tapices con hilos de neblina, sabiendo que la permanencia es ilusión, pero que la efervescencia del instante escrito tiene la densidad de lo perdurable.

El blog, a fuerza de constancia, se volvió códice en movimiento, un archivo que respira y se renueva, un espejo donde he visto reflejarse mis mutaciones: la voz que balbuceaba en los albores, la que luego aprendió a modulár su ímpetu, y la que hoy se atreve a explorar vocablos que parecen reliquias de otro siglo.

Diecisiete años… No son mero guarismo: son un palimpsesto vital, capas superpuestas de emoción, lectura y desvelo. Cada publicación ha sido un rito diminuto, un conjuro contra la fugacidad, un recordatorio de que el verbo, cuando se comparte, trasciende la carne y se adscribe al reino de lo inmarcesible. Una forma de destapar el alma y huir del mundo trivial. Y sigo con esta travesía de tinta, celebrando no tanto el haber llegado, sino la certeza de que aún hay mares de metáforas por surcar, y que la bitácora del blog es mi embarcación más fiel.



Sostengo un rostro que no es mío,

una máscara que aprendí a llevar

para que el mundo no adivinara

el temblor de mis certezas.


Me he escondido tantas veces

tras su silencio de barro,

que a veces temo haber olvidado

la textura verdadera de mi piel.


Pero hay un ojo que insiste,

que se abre paso entre las grietas,

que se niega a apagarse.


Ese ojo soy yo,

ese resquicio que aún respira,

esa parte que no quiere ceder

ni a la costumbre

ni al disfraz.


Hoy confieso:

la máscara pesa,

pero todavía guardo fuerzas

para apartarla,

aunque sea por un instante,

y mirarme sin miedo.






18 comentarios:

  1. Poesia linda e forte e todos podemos decidir não máscaras usar, deixá-las de lado! Gostei de tua participação! beijos praianos, chica

    ResponderEliminar
  2. Querida amiga Nuria, como sinto prazer em ter encontrado você no mundo virtual e termos mantido convívio tão salutar no ano atual.
    Só tem sido ganho para mim em todos os níveis.
    Pessoas como você se mostram com ética, com elegância virtual e cativam meu ser.
    O carinho sincero no trato é consolador.
    Gostei muito da descrição da sua caminhada virtual.
    Temos pontos em comum, sobretudo o fato de não termos esperado tanto no início do nosso blogar.
    Foi muito o que ganhamos, aprendemos, partilhamos...
    Não foram empecilhos os idiomas, temperamentos, falta de tempo para nos doarmos mais, enfermidades eventuais, nada impediu nossa perseverança.
    Que bonança!
    Transcende a carne... como disse muito bem.
    Sabe, amiga, blogar é também missão, assim percebo.
    Não me refiro a religiosidade, pois cada um tem seu credo religioso e não empata na convivência feliz se tirarmos as máscaras...
    É missão do bem, da paz, de cultura partilhada, de enriquecimento pessoal e coletivo e de tanto mais.
    Não comemoro para somar anos. Como você colocou, não são algoritmos apenas. São fruto da nossa dedicação total que vale festejar e agradecer, sobretudo.

    Seu poema está excelente, recheado de psicologia bem concebida.
    A última estrofe fecha, aureamente, o enredo poético.
    Sim, a máscara pesa muito e muito, tira nossa espontaneidade.
    Você me fez respirar ao final junto do fôlego que quase lhe faltou a expressar o que sentimos ao nos desmascararmos, sim precisamos de muito bom fôlego a transparecermos autenticidade.
    Foi valiosíssima sua participação.
    Muito obrigada pelo seu ânimo em participar prontamente.
    Seja muito feliz e abençoada!
    Beijinhos fraternos de gratidão e estima
    💐🤝😇🙏😘



    ResponderEliminar
    Respuestas
    1. Olá, amiga Nuria!
      Venho lhe apresentar as Ressonâncias:

      https://www.idade-espiritual.com.br/2025/08/ressonancias-dos-xvi-anos-do-blog.html

      Beijinhos fraternos

      Eliminar
    2. Muchas gracias Roselia por tus bellas palabras, que gusardo con cariño, un abrazo

      Eliminar
  3. Nuria,

    qué maravilla de texto el tuyo, tejido con esa hondura poética que nos lleva a navegar entre memoria, tiempo y revelación.
    Tus palabras nos hacen sentir que el blog es, en verdad, ese códice vivo que respira y guarda no solo letras, sino también almas que se encuentran en la trama invisible de la escritura compartida.
    Tu reflexión sobre las máscaras me conmovió: ese “ojo que insiste” es la prueba de que la autenticidad nunca muere, aunque a veces se esconda tras el barro de lo cotidiano. Gracias por recordarnos que siempre podemos apartar el disfraz, aunque sea por un instante, y mirarnos con verdad. Un abrazo lleno de gratitud y admiración

    Fernanda

    ResponderEliminar
  4. Um relato espontâneo que desperta interesse de conhecer o que oi compartilhando. Termos blog, o meu e da Roselia há 16 anos e o seu há 17 mostra uma travessia enriquecedora, na escrita e no nosso ser.
    O fecho com a poesia sinto-o como libertador.
    Bjs Norma
    Participando

    ResponderEliminar
  5. Bem pertinentes seus versos . há muitas razões para o uso de determinadas máscaras. nem sempre connseguimos abolí-las de vez . Abraços
    minha participação , aqui:
    https://kantinhodafe.blogspot.com

    ResponderEliminar
  6. Hola Nuria,
    Magnífico poema, me ha gustado mucho y expresas lo que veo en la imagen y siento que me transmite.
    Un saludo.

    ResponderEliminar
  7. Olá, amiga Núria.
    Excelente participação aqui nos presenteia.
    Há muitas máscaras a tapar o verdadeiro de muito boa gente. Tentando iludir o outro com boas palavras, para depois o trair pelas costas.

    Parabéns, pela excelente participação!

    Beijinhos e bom fim de semana.

    Mário Margaride

    ResponderEliminar
  8. Precioso poema, las mascaras a veces ocultan cosas que merecen la pena...
    Un besazo!

    ResponderEliminar
  9. Por vezes a máscara e o rosto se confundem, se fundem a pessoa e a personagem.

    Um abraço. Tudo de bom.
    APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.

    ResponderEliminar
  10. Nuria, que participação tão rica, levando-nos a uma reflexão rigorosa! Me encantou o seu blog de início com esta definição: " A reflexão é o que abre caminho ao pensamento; o pensamento é o caminho que conduz à reflexão; esse caminho livre que brilha entre a luz e a sombra: a vida."
    Perfeição! Grande abraço!

    ResponderEliminar
  11. Cara Nuria
    Bela participação nesta Comemoração dos 16 anos do Blog
    Espiritual-Idade, da amiga Rosélia.
    O seu poema foca aspectos muitos importantes relacionadas
    com a espontaneidade que não se compagina com o peso de
    uma máscara.
    Um abraço
    Olinda

    ResponderEliminar
  12. Linda poesia e postagem.
    A Rosélia merece.

    Um dia temos que tirar algumas máscaras.
    Todos nós as temos. Mas um dia elas caem.

    Tenha uma linda semana.

    ResponderEliminar
  13. Que maravilhosa participação, Nuria
    Deixo o meu carinhoso abraço.
    Verena

    ResponderEliminar
  14. Olá, Nuria!
    Texto maravilhoso que retrata muito bem as máscaras da nossa sociedade. Geralmente elas se apresentam em rostos sorridentes e "amigos", mas escondem mentira e falsidades. Todo cuidado é pouco.
    Linda participação, parabéns!
    Bjsss, Marli.
    Participando aqui: Máscaras Sociais

    ResponderEliminar
  15. Me ha encantado tu aportación para la fiesta de nuestra querida Rosalia.

    Nada de máscaras. Solo para carnaval.

    Un abrazo.

    ResponderEliminar

Cruel garrote vil

 Relatos conjuntos de noviembre: Garrote vil de Ramon Casas Más información 👉 Relatos Conjuntos El sol aún no había roto del todo la oscuri...